quinta-feira, abril 29, 2010

Murphy e eu, uma história de amor.


Não existe outra hipótese mais concreta: Murphy me ama. Se não me amasse, sua lei deixaria de atuar assim em mim com tanta força. Nada pode ser tão ruim a ponto de não poder piorar e nenhuma maré de azar finda assim em segundos.
Acordei feliz e antes do despertador. Mais feliz ainda fiquei quando vi que podia dormir mais tempo. Consegui me arrumar num tempo razoável e deixar o cabelo apresentável. Saí de casa pronta para resolver o mundo.Mas não.
Burocracia surpreende mesmo quando tudo está certo. Documentos em mão, assinatura faltando. Quem disse que o único possuidor da força da caneta estava presente? Nunca está. Documentos deixados no armário para posterior assinatura e um problema a mais para checar no dia seguinte.
Bom humor intacto.Fui então resolver as outras coisas necessárias para requerer a colação de grau. Todos os documentos certos. Faltava imprimir o boleto. Botão apertado. Botão errado.
Sem problemas.
Imprimi o boleto certo e fui ao banco. Fila gigantesca e 15 minutos para enfrentá-la. Peguei a senha e fui ao caixa. Conta zerada. Fantástico. Não poderia hoje pagar o boleto e muito menos o diploma. Liguei para o detentor do poder monetário de me custear a colação de grau. Belíssimo, tinha esquecido justo hoje o telefone em casa.
Mais um problema sem solução.Resolvi tentar tirar o registro provisório de jornalista. Documentos todos em mão. Sindicato disse que só tira com diploma, mas que eu podia tentar na Delegacia Regional do Trabalho, que providencialmente está em greve. Ótimo, pensei. Ao menos alguma coisa do Trabalho de Conclusão de Curso eu resolvo.
Menos ainda. Nenhuma resposta nova que me permita prosseguir os trabalhos.
Ainda um pouco de bom humor restava e eu sentei para comer um hamburguer porcaria da cantina, que me serviria de almoço. Tive a impressão de que a carne estava meio crua, porque nunca nunca aquele negócio tinha estado tão ruim.Termino o hamburguer, minha irmã me liga.
- Aline, olha aí na sua bolsa se a minha chave está com você.
- Não, Marcela, a minha chave está comigo.
- Olha direito, você saiu com as duas, a minha e a sua.
- Não saí não. Peraí. Merda. Sua chave tá comigo sim.
- Então você tem que passar em casa por que eu estou presa e preciso trabalhar.
- Ótimo.- Vai demorar?
- Não, né? Entro no trabalho as duas. Vou ali resolver um outro problema e chego aí agorinha.
- Tudo bem.
Isso era uma e muito pouquinha da tarde. Cheguei ao ponto de ônibus uma e meia e teria chegado em casa em 15 ou 20 minutos se o ônibus tivesse passado.
Mas quem disse que ônibus passa quando a gente está com pressa?
Já era quase duas e eu liguei de novo pra Marcela.
- Liga pro meu chefe e diz que eu vou atrasar.- Beleza, tô fazendo almoço, vai querer?
- Não. Já comi. - disse pensando na merda do hamburguer e amaldiçoando a falta de uma bola de cristal.
Ônibus passa, lindo e cheio. E se não bastasse, inventam um engarrafamento no caminho que me atrasa ainda mais.
Então voltei ao bom humor, por que não tinha mais solução. Antes de chegar quase às três no trabalho, cheguei em casa gritando._ RAPUNZEL, RAPUNZEL, VIM TE LIBERTAR DA TORRE!
Tá bom pra você, Murphy?Se não estiver, eu não ligo, prefiro que procure uma outra pessoa amanhã.

3 comentários:

Sabrina disse...

Oii queriidaa gostei muito do seu blog , mesmo de verdade verdadeira! XD.
Se vc puder entra no meu, no seu perfil vc fala que gosto de poesia no meu blog tem, bom eu tento fazer néeh kkkkk é http://apostoumbeijoquevcmequer.blogspot.com/
BjinhuZz² ^^

Lívia Corbellari disse...

tadinha da aline gente ;~~
e da marcela q ficou trancada =/

Aprendiz do amor disse...

É!! hauhauahuhauahua.
Já aconteceu de eu sair com a chave da amiga que mora comigo e ter que voltar para liberá-la, e para isso tive que sair de uma aula.
E também já fiquei duas horas e meia na fila do Procon pra descobrir que meu problema não teria solução ali.
Murphy também me ama.
ahahahahahaha