quinta-feira, fevereiro 20, 2014

amora catada do pé

não, porra. você não é irmão do colega nem sendo. minha lama meu lombo minha lesma meu consolo lento lendo as coisa tudo lendo partitura. meu leito. minha besta quadrada, minha raiva apertada, meu amor resguardado, aguado, forte, minguado, cospido, vomitado, fogarento. meu amor apagado, amora catada do pé, minha azia.

eu queria você de criança na saída da escola porque tinha brinco e três anos eram aquela coisa toda e você era lindo. hoje você magro, sem brinco, eu besta, burra, alargada, grande, um metro e cinquenta e sete de altura sem nada.


ocê faz um arco nas costas. eu sou moça direita na esquerda. não sei se ainda te esqueço de fato. no nosso retrato estamos felizes. 

quarta-feira, fevereiro 19, 2014

se fosse samba

acordo todo dia aflita, vez trêmula. maior parte garganta. você vem? achei que fosse falta de cigarro, mas não é mais. desaprendi a reconhecer sensações. não sei qual o lugar em que me encontro.

uma faca. não tem mais polícia. as coisas revoltam, eu sei. as pessoas também. você. só curo com sabão, tudo, agora. o que há além de espuma? espuma é bonito, não é? você. onde é que eu aprendo a respirar de novo sem fumaça muleta.

onde é que eu aprendo a equilibrar.


eu quero dança.