sexta-feira, março 29, 2013

muito ar num mapa só


O estranhamento é pior que a leveza e eu não sei como agir. Mistério sempre há de pintar. Embate é raro. Perdi o fio narrativo e talvez a história completamente mude de rumo, talvez siga. Há um desfiladeiro, uma encruzilhada, uma escolha de norte sul leste oeste que é muito menos simples do que quatro direções.
Puro meandro. Talvez eu não siga. Tanta coisa na cabeça que mais do que detalhe, fundo. Eu funda, leve. Afundei sem ver que afundava. Não me levanto, ainda. Necessário passar maquiagem, vestir o sorriso, fingir que não.
_ Pra quem?

sexta-feira, março 01, 2013

as coisas não precisam de você


É seu cheiro de guardado e o cheiro dele de naftalina. Sou eu roupa seca no sol e nada disso. Cabelo seco no vento, eu. Queria não crer em oposto. Queria secar a roupa, queria lavar tudo na mão.
Não há tempo, não há vagas. A rua continua existindo, os carros à toda, eu tendo que ter salário porque existe dia cinco, dia dez, conta que é uma merda, imposto de renda, iss fixo.
Não pago a sua conta, mas uma cerveja ainda vai. Aceitaria de troco um amor.