domingo, outubro 22, 2006

A voz dessa menina


“Aquele vozeirão é dessa menininha aqui.
Você é uma puta atriz.”
Foi o que disseram e não desceu.
Vozeirão?
Atriz?
Eu só faço um papel.
O show não continua.
Most go on.
You have no idea.
Is not so easy;
Eu me perdi.
Você também se perdeu ao me procurar.
Disseram que eu sou difícil de catalogar.
Pra que perder tempo?
ME catalogar?
Faz isso com espécies de animal ou obras de arte.
Vai ser Lineu e me esquece.
Eu quero paz.
A voz some.
Só uma menina,
Actress, but not a singer.
I can’t act whit songs.
I can’t dance, baby.
E eu não sei falar porra nenhuma em francês.
Onde a vedete se meteu?
Ando varrendo o chão.
É chão.
É música, meu bem, é música que eu não toco.
E você tenta.
Eu tento.
Te atento.
Fica esperto que marca em mim e em você o ferro quente da história.
Bem, eu sou história.
Moro num filme.
E você é coadjuvante, mas não erra a coreografia.
Só eu posso.
Aquele vozeirão é dessa menininha aqui.
A menininha se perdeu.
Mulher sente dor e menininha grita.
Eu sinto dor e esqueci a teoria de Stanislavisky, Grotóvisky e Brecht.
Como é que não sente a memória afetiva e finge e grita?
Teatro do oprimido agora.
Boal é Brasil.
Ainda não sei dançar.
Something never change.
Acho que aprendi a mentir.
Mentir pra mim mesma não dá;
Não deu.
To tentando, mas não desce.
É acido demais e eu não posso.
A voz é minha,
And all that jazz.
É tudo meu, baby.
A voz é forte e não muda.
Aqueço todo dia de manhã.
E gargalho.
Hoje voltei a sonhar.
Em grande estilo
Massagem no corpo e no ego.
Sonhos são bons.
Eu gosto.
Sonhos mudos tem classe.
Black and white.
E eu era a dama de vermelho pra parecer cotout.
Eu comandava
Era como eu queria.
E o corpo eu sentia.
Era meu.
Eu nem precisava falar e eu gosto disso.
Eu quero você por que eu ouço;
Te ouço sem forçar.
Quero descobrir, dissecar.
Acho que a tendência é doer pouco.
Essa vontade de fazer de você sapo em escola americana é um bom começo.
Nas outras vezes começou assim.
Não fica mudo nunca
Não muda.
Esquece como é o meu vozeirão de menininha atriz.
Quero a sua voz cantante me contando all those dreams.
Não era você no meu sonho hoje.
Mas eu quero amanhã.
E depois.
Sem pressa;
Que é bonito.

sábado, outubro 21, 2006

Anjo malandro

Um anjo com asas quebradas
Asas brancas com pontas vermelhas
Procurando as flechas que o primo perdeu
As flechas que estão dentro dele.
Engoliu-as quando bebê!
Um olhar e uma palavra são flechadas.
Cada esquina uma amante
Todas elas satisfeitas.
Que de onde sai a flecha que fere
Sai a morfina que faz delirar.
Anjo bom buscando uma flecha
Anjo amante, lírico, romântico
Anjo amante ama a figura.
Não qualquer figura!
A figura da mulher. Toda mulher.
Ama mulher como mulher por ser mulher
Anjo sobrinho de Vênus
Filho da terra
Nem Marte nem Vênus
Anjo malandro que vem de longe
Quer a parte da flecha que perdeu
Busca incessante em cada canto
Busca onde há esperança
No fundo há medo de achar
Já que achar a flecha é amar.
Cada amante uma flechada,
Mas qual delas tem a dourada?
Aquela que o primo lhe deu...
Que o primo disse pra guardar com cuidado
E o anjo guardou! Ele engoliu!
Só precisa saber se ela foi
Num dos milhares de sorrisos
Pro coração duma das mil amantes.
A busca então muda...
No beijo quem sabe ache parte da flecha.
Anjo amante...
A flecha está em todas elas.
O amor é a mulher.
Anjo nunca satisfeito.
Migalhas de flecha não ferem.

sábado, outubro 14, 2006

Homem de verdade é meu irmão de sete anos de idade. Ele é mais homens que muyitos por que sabe bem sustentAR sua posição e se fazer respeitável. ele quis mudar o nome e mudou. ele é mais forte do que eu e tem duas camas prontas, ele pode escolher onde dormir onde quer que ekle vá. è apaixonante e responsável. é um doce. griutya sim, claro, mas é bem maduro e lê jornal mais regularmente que vocêr. aposto.
Homem de verdade se sustenta.
eu estou com dores no corpo.
Dor filhja da puta no peito. tô com dor na cabeça e na alma. eu achei que podia ser má, mas sopu boazinha demais pra aguentar isso imune.
eu sou mulher
eu me sustento.
sustento o que eu penso e tenho sim opinião.
O José é mais macho do que muita gente. Eu não sou comparável que eui tenho medo.
festas de família s~/ao fantásticas.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Introdução ao charme na visão de uma mulher, parte I


Introdução de “Pagu”, ao fundo. Entra a mulher no meio do palco.

Mulher- Essa coisa vai além do corpo. É uma questão de charme. Charme ou intenção... hoje, pra VOCÊ, eu posso ser a mulher menos sexy do mundo, mas amanhã... (anda de um lado para o outro, por todo palco) escolho uma roupa que me emoldure bem o corpo, pinto os olhos, pinto a boca... vale mais que plástica, sabiam? E essa coisa de pensar que todos os homens são iguais é burrice. Mais burrice ainda é ter em casa sem modelos diferentes de cartas de amor pra se passar pelo amante ideal. (Pausa) O pior é que eu ainda caio nessa! Tem que entender que não há manual de instruções... eu sou mulher!!!! (estende o braço e mostra os pulsos) aqui tem carne, tem sangue, tem ossos. Mas também tem TATO. Isso, de paixão, pra mim, é uma questão de instinto. De sentido. Sim. Os cinco sentidos servem para defesa e procriação da espécie.

Entra, no palco, o homem e fica de canto, parado, observando. Ela olha na direção dele. Ele olha da direção dela. Andam pelo palco, se desviando e perseguindo. Ela levanta uma mão e ele fica estático.

Mulher- Como aqui, tudo não passa de uma encenação, eu tenho poder sobre ele. Poder total. Vamos usá-lo então para fins didáticos. Como todos podem ver, este é um espécime de gênero masculino da raça humana. Ele é capaz de tudo. Todo espécime da raça humana é capaz de tudo. (para o público) não venha dizer que não. Se eu te entorpeço com álcool ou outra droga, nem de si você tem controle. É sim, capaz de TUDO. Ele pode agir de duas maneiras-base. Elas se destrincham em várias. Pode ser, tradicional ou moderno. Primeiro, o tradicional.

Apagam-se todas as luzes e o homem e a mulher se dirigem à cantos opostos do palco.
Acendem-se as luzes, ao som da musiquinha do closer e os dois se cruzam.

sábado, outubro 07, 2006

algo de patético

Não hoje. Hoje eu simplesmente não quero. A presença me dá asco e pronto. Eu escolho os dias em que eu vou fazer o que eu quiser. Você não tem que dar pitaco ou se intrometer. Isso é meu. Sou eu quem decido.
Quando é com a minha vida eu sou egoísta sim e isso não está errado. Mais que ponto e linha e verso e rádio AM. Alcoólicos anônimos e bisca. Buraco ganho na primeira partida, foi jogo de mil e eu fiz uma canastra direto. As a As. Linda. Eu gosto de jogar baralho e eu aposto que vai tudo ficar melhor depois que eu não fumar o cigarro no qual eu pensei. Eu sou free e você é derby. Eu estou free de você.
Canastra.
Seu grande canastrão cafageste nojento.
Há!
Bingo!
Dont need you anymore