terça-feira, maio 04, 2010

Insensatez

Poderia ter deixado o “eu te amo” pular da boca. Seria a primeira vez que ele apareceria depois de um não e depois de um fim.
As mulheres e as crianças são as primeiras que desistem de afundar navios, mas você deu um jeito no mastro com uma corda. Deixou o navio lá e arrumou um bote salva-vidas pra que a gente respirasse.
Nem sei como anda o navio, mas sei que não estaremos de novo por lá.
Talvez fique ainda carinho e mais nada.
Não sei se agüento quando não é mais necessidade de corpo.
Achei bonito e não sei por quê. Teve mesmo que botar o dedo na cara pra dizer que não éramos estreitos nós e que eu estava errada em pensar que conforto podia ser bacana?
Eu querendo conforto, você querendo paixão. Eu querendo pele e você ternura.
Pensou que eu fosse vazia. E fui.

3 comentários:

Juan Moravagine Carneiro disse...

“O barco do amor espatifou-se contra o cotidiano”(Maiakóvski)

Lívia Corbellari disse...

sabia o filme era inspeirado nos textos da clarah averbuk, so nao sabi q os textos q apareciam no filme era da viviane mose.
q legal =)

ryan disse...

tez
insensi-
vil