Aquela mania maldita de tentar achar onde estava a minha ferida. Depois roçava as unhas ali, para arrancar casquinha. Olhou sem nenhum tom prepotente na voz e disse o quanto sou insignificante ficando em cima do muro.
Eu podia até ficar muito tempo aqui, se ele não me irritasse. Podia nem ter voltado, se não me irritasse.
Não sei se aguento tanta consequência.
Ninguém avisou que a cara fica muito mais bonita pintada no meio da multidão que grita. Nem sobre os arranhões, os tapas, os cassetetes. Essa coisa arraigada e forte que o faz mais persistente que eu, eu não sabia.
Agora sim talvez paixão.
6 comentários:
paixão feroz q derruba muros
q dá show sem espetaculo
sem astro
só movimento.
Talvez.
"Arder na água, afogar-se no fogo" (Bukowski)
Bonito! ^^
Temos o mesmo mau costume com os machucados.
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