Imaginem que Luana era mais bonita que o necessário. Imaginem ainda que ela tinha um temperamento oscilante, mas um ótimo senso de humor. Não era, portanto, mulher de se jogar fora.
Eis então o ponto em que essa história começa, o dia em que Luana percebeu que não era mulher de se jogar fora. Foi aí que ela assumiu as próprias curvas e o próprio mau-humor. Começou a se cuidar e se perfumar, mais pra ela que para suas paixões.
Esta narrativa tem seu rumo nas muitas paixões concomitantes da mocinha. Como ninguém a jogava fora, ela também não jogava ninguém fora. Então ela ia acumulando paixão atrás de paixão e paixão em cima de paixão.
Luana dizia que as paixões não se atrapalhavam, mas ela se atrapalhava. Não queria esconder nada de ninguém e também não queria que ninguém se machucasse.
Mas a verdade é que Luana gostava de Mateus, que também a via mais bonita que o necessário e também gostava do senso de humor dela. Ele não fazia parte do bolo de paixões, era um caso à parte e talvez ela tenha se descoberto bonita como era por culpa dele. Era Mateus quem fazia questão de frizar como ela tinha pés bonitos e como as maçãs de seu roso pareciam feitas para receber carícias.
Mateus e Luana eram cafonérrimos quando juntos e era por isso que ambos tinham bolos de paixões à parte. Ambos temiam que sua cafonisse se estragasse se o bolo não existisse.
Mateus não era mais bonito que o necessário, nem sabia fazer poesia. Luana tinha sede de mais e Mateus tinha medo de menos.
Então Luana caia em braços fortes que pareciam aonchegantes, sentindo falta da falta de poesia de Mateus, mas gostando de saber que ninguém a jogaria fora. Nem Mateus.
Agora imaginem que Luana levava a história que queria levar e continuaria vazia, mesmo cheia de paixões.
A narradora não é moralista nem acha que Luana devia ter menos casos, mas Luana é cafona e por ser cafona queria ser flor de um só beija-flor. Mateus. Cafona assim.
3 comentários:
eu sou cafona.
Estou tentando não ser cafona.
olha.
Luana e Matheus.
Ou Fiorella e Lucas!
hahahaha
=*
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