Ainda não entendi
o tamanho das mãos. Quanto tempo cabe na textura de um abraço, não
sei. Como fica o mundo depois da língua?
Como fica o tempo
depois de passar pelo gerador de improbabilidade?
Com quantos acordes
eu conto um dedilhar de coxas e com quantos cigarros faz-se uma
ansiedade?
Entendi. Sou muito
interrogação. O menino disse que não tinha medidor de amanhãs e
eu não tenho termômetro de cabeça.
Minha cartomante
deixou o futuro de lado e foi passar verão em Salvador. Como é que
eu pergunto pra ela porque ficar balanceando passados como se fossem
pratos?
Eu vou é soltar as
mãos. Com sorte, tudo quebra e a gente sangra. Não aguento mais ser
matemática.
2 comentários:
Hello. And Bye.
Alguns trechos de todos os textos me são claros como o sol de verão, outros enigmáticos fecundam minha imaginação... Um prazeroso exercício para a mente e para a alma. Mais uma vez, parabéns!
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