quarta-feira, maio 02, 2012

antes do carnaval


Ainda não entendi o tamanho das mãos. Quanto tempo cabe na textura de um abraço, não sei. Como fica o mundo depois da língua?
Como fica o tempo depois de passar pelo gerador de improbabilidade?
Com quantos acordes eu conto um dedilhar de coxas e com quantos cigarros faz-se uma ansiedade?
Entendi. Sou muito interrogação. O menino disse que não tinha medidor de amanhãs e eu não tenho termômetro de cabeça.
Minha cartomante deixou o futuro de lado e foi passar verão em Salvador. Como é que eu pergunto pra ela porque ficar balanceando passados como se fossem pratos?
Eu vou é soltar as mãos. Com sorte, tudo quebra e a gente sangra. Não aguento mais ser matemática.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hello. And Bye.

Anônimo disse...

Alguns trechos de todos os textos me são claros como o sol de verão, outros enigmáticos fecundam minha imaginação... Um prazeroso exercício para a mente e para a alma. Mais uma vez, parabéns!