segunda-feira, janeiro 12, 2009

Sim


Delírio é uma palavra tão bonita! Delírio-palavra dá vontade de dança e de repetir muitos eles num texto-muito-mais-língua-do-que-mãos.

Um texto de cantos escondidos de corpos delirantes!
Sorrisos então.
Espalhados, cantados, cansados.
Gargalhadas novas e velhas e vozes roucas – veludadas.
Vontade de tudo!

Delírio,
língua.

Nada de nada.

12 comentários:

Anônimo disse...

IRRESPOSTA IRRESTRITA




(“Quem sou?”
– ela disse.
“Saiba você”
– ele falou,
como se na floresta sem flores
não
a ouvisse.)




Delírio
tem que ser
mais que palavra. Delírio
deve ser pele
de Aline, pelos
de um homem, tanto mãos
como língua
e tudo mais, e muito mais ainda:
ainda algo mais
com a chance
de todos os acertos
que possam estar contidos
nos eles
e elos da vida.

Não
só um texto, mas sim
(nisto,
não sei se um tolo
Fausto
ou um esperto
Mefisto,
concordo com (a b)ela
abeline,
acordado
ou na cama
de olhos
completamente
flexados)
“corpos delirantes”, embora não “escondidos
em cantos”
de poemas ou de
quartos
mais ou menos
cifrados.

Encantos
de tudo, de sorrisos, de
gargalhadas, sem
dúvida,
e também língua,
mas não,
nunquinha, jamais
“nada de nada”.

Simplesmente
dizer sim
de verdade
ou não ficar mudo:
tudo de tudo
sem mais tanto medo
do seu próprio
Satanás.

Anônimo disse...

Cara
Faz poema comprido, mas acerta no português, pô:
flechado é com ch.

Outro anônimo

Aline Dias disse...

Era bacana quando eu ainda sabia quem eram os anônimos!

Darshany L. disse...

simmmmmmmmmmmmmm

Tania Montandon disse...

desculpe, mas não gosto mesmo dessa palavra

beijo

Anônimo disse...

Talvez os Anônimos sejam a própria Aline brincando de esconde-esconde com os leitores - e sabe lá Deus (ou o Diabo) com quem mais...
----------------------------------
Não viu a epígrafe da IRRESPOSTA,
Aline? Não sou eu quem deve responder à pergunta:

(“Quem sou?”
– ela disse.
“Saiba você”
– ele falou
[...].

Ou seja, você NÃO DEVE me pôr nesse lugar...

Anônimo disse...

O Anônimo que conta procurou melhorar o seu poemalineano:


IRRESPOSTA IRRESTRITA (E REVISTA)

(“Quem sou?”
– ela disse.
“Saiba você” – ele falou,
como se na floresta sem flores
já não
a ouvisse.)

Delírio
tem que ser
mais que palavra. Delírio
deve ser pele
de Aline, pelos
de um homem, tanto mãos
como língua
e tudo mais, e muito mais ainda:
ainda algo mais
com a chance
de todos os acertos
que possam estar contidos
nos eles
e elos
da porra (sim,
com duplo sentido
todo derramado
em orelhas
apesar de tudo queridas)
desta vida
volta e meia
absurda.

Não
só um texto, mas também
(nisto,
não sei se um tolo
Fausto
ou um esperto
Mefisto,
concordo com (a b)ela
abeline,
acordado
ou na cama
de olhos
completamente
flechados)
“corpos delirantes”, embora não “escondidos
em cantos”
de poemas ou de
quartos
mais ou menos
cifrados.

Encantos
de tudo, de sorrisos, de
gargalhadas, sem
dúvida,
e também língua,
mas não,
nunquinha, jamais
“nada de nada”.

Simplesmente
dizer sim
de verdade
ou não ficar mudo
nem você nem ninguém
detido
em prisões dentais:
tudo de tudo
na ponta da língua
que passeia por pernas
braços peitos
sem mais tanto medo
do seu respectivo
Satanás.

Anônimo disse...

Delírio é uma palavra que me lembra também sofrimento, febre, loucura. Gosto não.
Gosto de desejo e de realização.
Gostei da forma como escreve. Disso gostei.

Anônimo disse...

O delírio é da lira da Aline, não da do Anônimo.

O próprio.

Anônimo disse...

vou-me embora deste blog, em busca de outros bares.
bye, bye, brasis.

o outro anônimo

•.¸¸.ஐJenny Shecter disse...

Delírios tão bons...
Beijos e borboleteios

Trevo sem Folhas disse...

gostei do blog tenho também meus poemas "delirantes" mas estou empenhado agora nas crônicas...parabéns pelo blog