sábado, janeiro 12, 2008

Dança

Quem sabe um dia ainda te pago um cinema?
O Sol nasceu meio torto, tenho quase certeza.
Talvez não seja certo sentir filetes de carne entre os dentes e pedaços de dentes na boca.
O Sol nasceu fazendo inchar.
Tenho certeza que o céu era o mais bonito de todos e o mar também.
Não gosto de escuro, mesmo. O céu parecia feito de diamante.
Já chamei as amigas pra sair.
Quem sabe não tomamos um vinho e conversamos fumando um cigarro caro e fino que não combina com nenhum de nós dois?
O mesmo cigarro por que somos dois nadas entre o céu, o Sol e o mar.
Quem sabe não nadamos e sentimos as carnes frias e sem pedaços.
Talvez lavemos a alma ao invéz de tentarmos nos machucar.
A próxima dança não deve ser lenta.
Você deve se aproximar, segurar-me pela cintura com força e sem dó.
Feito isso, vou onde você me levar, com as pernas no ritmo das suas.
Segurar pela cintura e guiar-se pelo cheiro, grave bem.
Dois nadas entre céu, Sol e mar.
Contradança sem nenhuma técnica de salão.
Filetes de carne.
Teria dado certo. Quem sabe?
O Sol já nasceu . Não tem mais escuro pra nos aquecer.

3 comentários:

Camila Bellon disse...

Talvez lavemos a alma ao invéz de tentarmos nos machucar.

A segunda opção é sempre a mais provável, em qualquer pessoa ou situação.
...apesar de não ser a mais desejada.

Anônimo disse...

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A Brisa e o Vento.