Hoje deu vontade de escrever qualquer coisa otimista.
Vontade de falar qualquer coisa que cante.
Talvez fosse o caso de sacar da bolsa toda e qualquer figura de linguagem pra tentar entender as teorias da comunicação.
As figuras talvez sejam ruídos e a semântica se reinventa quando você tenta se fazer literatice.
Eu gosto muito de neologismos. Me senti bem mais livre quando me disseram que eu podia inventar.
Há dias em que eu quero muito ser Ana C. ou Florbela Espanca.
Hoje eu me sinto bem aline que sou.
Hoje eu me substantivo e me adjetivo ao mesmo tempo.
É claro que tenho pensado e poetizado sobre verbos e eles jorram de mim à todo tempo. Os verbos escorrem dos meus poros e me enchem e esvaziam a cabeça. Eu respiro verbo e como verbo e fico verbo o dia todo.
Eu fico pensando a morfologia por que a sintaxe é história sem fim. Eu sujeito fico caminhando entre vários predicados e volta e meia viro objeto numa voz reflexiva que não há tempo de seguir.
Hoje quero esmiuçar as palavras. Quero palavras pequenas e curtas e por elas mesmas.
Advérbios.
Numerais.
Bola.
Sola.
Mola.
Cola.
Macaco.
Coala.
Coelho.
Casa.
Estudo.
Charme.
Couve.
Sintaxe.
Quero transformar substantivos em verbos e sair por aí passarinhando.
Vamos estar aguardando.
Vamos estar correndo.
Vamos estar cantando.
Nem toda concretude tem que ser Gullar.
Fica um ponto.
Final.
3 comentários:
Metalinguistica.EU tbm sou um pouco.E tento ser carolina e romulo e acabo voltando a ser tashinha, com cara de bolacha!
gostei do texto.
Vamos estar odiando gerundismo
ismo
ismo
ismo
...
isso
isso
isso
...
nada de chaves...
A luz fala por vós,
e as palavras iluminam por si.
Sim, sim.
As palavras de Aline fazem muito por nós...
=***
adorei, prima-metalingüagem!
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