terça-feira, maio 15, 2007

Poema de mar

à Marcela Rangel


Eu tinha me esquecido que gosto tanto de mar.
É certo que levei todos os caldos que podia e os que não podia também.
Meu biquíni tentou sair do corpo e toda areia grudou em mim.
A minha escova não está utilizável, mas já vou lavar.
Além de tudo tenho sono, aquele sono gostoso pós-mar.
Ai! Eu gosto, gosto e gosto e gosto de mar.
É como se eu fosse areia e tivesse sal.
É como se eu fosse mar e me dissolvesse.
O mar é mais instantâneo que miojo.
Eu miójo no mar.
No mar eu fico gente que peixe não agüentá-lo-ia como estava.
Eu me peixefiquei.
Eu me tubarão.
Eu-baleia precisava de ar naquele caldo.
Eu-sereia precisava de mar pra ter respaldo.
Me misturo com mar que é paixão que eu sou.
E agora, restam pleonasmos e silepses.
Sou redundante feito onda, vou e volto.
Nunca a mesma, por fim, estóro.

6 comentários:

bia de barros disse...

E a gente mora tão perto do mar
E não vive o mar.

A gente precisa de Aline pra nos lembrar que a vida faz sentido.
Aline-menina,
Aline-mulher,
Aline-divina,
Aline, então.
x)

Marcela Rangel disse...

Vale se emocionar ao ler "à Marcela Rangel"?

:)

Que coisa mais linda!
E poética!
E doce!
E tão você!

E eu tão cheia de anáforas.
(E viva as figuras de linguagem!)

Beijos, pessoa poética e feliz que me chama de feliz

:**

Anna Karla Lerbach disse...

isso que dá ir pra praia na msm semana em q estuda pra apresentar trabalho sobre Figuras de Linguagem!!
=)

i-rado!!

Amora disse...

Aline é foda
E Eu me tubarão mais do que todas as outras coisas.só eu entendo!

Diogo disse...

poema lindo!!!

aquele soninho pós-praia é irresistivel^^

bj!

Goldmine disse...

Linda!