terça-feira, novembro 23, 2010

Aquele cara (que tinha me consumido com seus olhinhos infantis)

Eu tinha esquecido como fazia pra ter medo de olhar nos olhos e encostar quando ele chegou. Também não sabia mais velocidades. Sabia nadica de flirt.
Ia e pronto.
Ele me chamava de Michelle. Uns olhos de bicho papão e eu inclinada pra baixo. Nomes mil em mim, ele cafajeste. Michelle ele queria, Michelle eu era mesmo de outros nomes, outra vida.
Queria que eu tivesse certeza sim que nada daquilo era meu direito e que tudo é sim, que o sim alegra a vida. E eu Sim. Tanto sim eu dizia que o sorriso crescia.
É que ele entendia só sim . E eu tão mole ficava perto que não sabia que existia outra palavra.
Então ele dizia as coisas que sabia que eu ia entender:
- i love you! i love you! i love you...

6 comentários:

Fernando disse...

"Cafageste" ou cafajeste?

Aline Dias disse...

Ih! Nem tinha reparado. Obrigada.

Fernando disse...

Peço desculpas pela correção. Não costumo fazer isso. Acho falta de educação.

Ana Aguiar disse...

delícia de ler, Aline.
e essa música "esse cara" é demais também... deu vontade de ouvir.
beijos

Aline Dias disse...

Relaxa, Fernando, obrigada mesmo.

E valeu também, Ana. Me amarro no caetano.

Anônimo disse...

'i love you' funciona como um linguagem universal... quando é bem entendida.