segunda-feira, novembro 08, 2010

Se não conta

Faz assim não. Não bota uma coisa na isca e depois pega de volta. Eu aqui anzol mordido, obcecada, louca!
Sabe, quieta. Confabulando ainda comigo, tentando caçar aquele rato. Saber aquelas coisas. Tentando achar os piolhos nas cabeças com pensamento. Meu deus, chega a ser cruel me trazer curiosidade de bandeja!
Diz que não, só. Diz que não conta. Diz que não vem. Diz que era mentira antes. Diz que eu sou besta mesmo.
Mas é que se ontem foi dita uma coisa, hoje outra, amanhã uma terceira, eu fico inchada. Arrepio que você nem sabe o quanto.
Ai meu deus - virei solo puro de guitarra. Escorregando, escorregando.
Não me aguento gente não, sabe?

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