quarta-feira, novembro 22, 2006

Mariana

Eu hoje estou com vontade de falar da Mariana. A Mariana anda com vontade de se esconder. Está feliz. Brinca de flertar.
Acontece que ela tem medo do fogo.
E nessa narrativa meio poema.
A qualquer momento ela vai queimar.
A Mariana respira e conta até dez, mas a imagem daquele moço de quem ela não gosta ficou grudada. A Mariana anda tendo muito medo de escuro.
E atira no escuro.
A Mariana tem saudades e raiva.
E se desespera, quando encontra a fera. Vê-se na boca do leão.
Aí ela foge.
Sai correndo feito louca.
Mariana morre de medo.
Mas quer perigo.
Mariana brinca.
E joga nada limpo.
Ela gosta de sorriso e flerte.
E se segura, só por costume.
E se segura mordendo a boca.
A Mariana é bem Lolita, mas atemporal.

5 comentários:

Anônimo disse...

adoro seus textos!!!

Anônimo disse...

é interessante como você se retrata por meio de personagens.

lu. disse...

eu adoro Ana C.
muito mulher esse post (também).
beijos!

FLORA disse...

uau...Adorei a poesia no estilo lolita...O que é imenso,natural e agradável pra ler...
Beijos

bia de barros disse...

agradabilíssimo, melhor dizendo... porque não se faz esforço algum em decodificar, e a mente se delicia nessas minúncias que formam a Arte final...
^~
keep on rockin', guria!