terça-feira, setembro 17, 2013

Novo eu não sei, ainda

Porque eu estou cansada como se o tempo inteiro, e o corpo inteiro, fosse percussão. Apanho, nêgo, e cansaço é mais caro do que o dia de amanhã. Se me tocasse hoje, mole, se me deixasse o amanhã quieto, e se viesse como valsa, delicado, nem sei.

A bagunça é inevitável. Mesmo arrumada, alinhada, maquiada, e tal, me cai no peito o café. Não existe freio agora que é morro abaixo. Mais um batuque de manhã, outro de tarde. Caixas.

Se você fosse leite eu bebia pra ter cálcio, mas ele sempre volta e eu não tenho área de escape além da pele densa. Ele não dá mais ressaca. Desce garganta abaixo e pronto: um alento.


Não quero mais ir embora porque volta e meia tem mão pra segurar. Estou cansada como se fosse sozinha, e cada dia menos solidão. Há braços. 

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