terça-feira, setembro 24, 2013

Nem todo texto precisa de um nome

Joana exige demais, mas hoje não. Sou neurótica, sim, e não nego. Tenho um ódio tremendo de talvez. Eu quero um sim gigante. Pode vir também um não, com gelo, por favor.
Não me mate nessa tentativa de chove não molha. Não me mate nessa tensão que eu não agüento. Volátil, volúvel, idiota, neurótica. Sou. Sou. Sou. Todo o tempo e sem olhar relógio também.
Eu só engulo as coisas, meu bem. Não agüento a sua doença, e sabia, mas tentei até te mostrar a minha e você nem tentar.
Neurótica, você disse.
Neurótica sim, muito prazer, frágil também, e burra como não pareço.
Aqui é tudo ou nada, sem meio termo. Só sei ser inteira, então vá, que metade não dou não.

Joana exige demais, e eu sempre soube que Joana era eu. 

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