sábado, janeiro 07, 2012

o que os maias fazem comigo

Se o mundo acabar mesmo em 2012, eu quero passar mais tempo com você. O resto dos dias sem o resto do mundo, dormindo de conchinha em cama de solteiro e acordando como se o colchão fosse de molas, o travesseiro de penas e o lençol de seda. Eu quero aprender a cozinhar coisas gostosas, limpar camarão, fazer moqueca de sururu com requeijão pra gente comer, amassar massa de pão, rolar macarrão, massa de pastel, fritar mais coisa. Fazer iogurte, comprar uma máquina de waffle e comer de manhã waffle com mel ou com manteiga ou com sorvete.
Se for mesmo pra ter só até dezembro, eu quero ir com você ao Maranhão e ao Acre. E dançar forró em Itaúnas e voar de asa delta e andar de balão com você. E te levar num karaokê. E cantar a noite inteira com a cara cheia de cachaça que é pra acreditar que meu timbre é aceitável. E eu quero gastar o dinheiro todo que eu vou ter pra a gente comprar um piano pra você que aí você me ensina a tocar e você toca.
Um filho, também, eu quero fazer. E ter a nossa casa. O nosso cachorro. As nossas estantes de livros e partituras. A gente arruma um empréstimo e deixa rolar.
O mundo não vai acabar?
E, também, antes de tudo, se for mesmo o mundo acabar, eu quero ter coragem pra dizer que eu ainda te amo.

3 comentários:

Estéphanie Mognatto disse...

Acho que to mais ou menos no mesmo barco. =/

Aline Dias disse...

é um barco enorme, cheio de gente.

Raquel Zorzanelli disse...

ti linduu!
hehhee