Metafísico, o amor me come. Músicas que eu não cantei. Sonhos que eu não sonhei. Dores que eu não quis. O amor me açoita. Espreme. O amor de ontem, errado, me entrou na porta de casa com pressa e funcional. O amor de hoje quis dar boa noite.
Cabe nalguém assim tanto amor?
Estico-me.
Um comentário:
Sempre cabe.
E quando achamos que não vai mais caber, que não pode mais crescer, o amor cria assas, voa, se multiplica.
Acabamos nos tornando seres humanos maiores.
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