terça-feira, julho 27, 2010

Pernas eletrônicas

Cortou o cabelo e a barba cresceu como se fosse ciência exata. Estive ontem em outras promessas. Esteve semana passada num país mais tropical. Juntos não, nunca. Espelho e reflexo não são uma coisa só.
Estive sem volume, fria, fraca. Ele nunca constante. Gastrite talvez antes do ataque. Queria que fosse coisa fixa de barba espessa.
Mordeu a boca com a força precisa de quem tem muita fome. Tocou as pernas como se não fossem escuras e pudessem ter sido feitas de porcelana. Deteve-se em dedos de pés. Descobriu que a ciência é toda fora das orelhas e perguntou se tinha cotonete.

Não quis rotina, claro. Nem fez promessas.

Cuidou do sono e deteve as lágrimas. Deu uma dessas chaves de pescoço para que eu fechasse os olhos por algumas horas. Falou de madrugada e ficou dono do meu sono, do corpo e do volume da voz.
Tem dedos grandes, largos.

Distância precisa. Exata.

Não há nenhuma mentira por dizer.

3 comentários:

Carlos Falcão disse...

Forete isso heim...rs
Porém... sensato...

Adorei...

Carlos Falcão

Anônimo disse...

VOCE É A GOTA D'AGUA. CHATA

Anônimo disse...

Alguém dê um joelhaço nela...leituras muito louuucas...mais gostei...