quarta-feira, julho 25, 2012

porque também, além de tudo, a cabeça-dura é quase que genética


E você também não sabe nada de mim. Não tire fora a graça do descobrimento. Você precisa navegar uns mares e eu preciso nadar contra a corrente. Sim, claro, com terra vista em mim, havia meta depois da meta, ou coisa alguma, mas corpo visto.
 É que, ainda seca e quente, a pele é pele. Está comprovado que você tem mãos e um corpo todo, inteiro, grande, denso. Todavia, eu quero coisa respiratória: que você, ou alguém, me invada todos os pulmões.
Vi sim que houve certo caminho narina à dentro e que o cheiro ocupa um mundo todo. Pensei que o querer não era fato. Achei a beleza que incide de uma interrogação, ou de um afastamento.
Saiba ao menos isso de mim: sou puríssimo afrontamento. 

6 comentários:

Anônimo disse...

;)
Marcelo Grillo

Anônimo disse...

Sabe aquela sensação de 'puxa eu podia ter escrito isso'?
Pois é!
Faço minha as suas palavras e meus os seus sentimentos.
Desculpa...
Um.leitor

Anônimo disse...

Purissimo afrontamento. Cabeça dura, isso sim. ;)

Marcelo

Aline Dias disse...

cabeça dura seu nariz

Anônimo disse...

...mas de coração mole. adoro essa sua dicotomia. ;)

Anônimo disse...

Muito bom, me vejo nas suas palavras.