Das coisas que eu não entendo, seus olhos ocuparam
presentemente o centro do arquivo. Divido-me em cinquenta e nada de fazerem
sentido. Queria que fosse você mais vesgo pra eu saber que não é pra mim que
olha, ou saber menos. Entretanto, há brilho. De brilho, meu bem, só sei que
derreto.
Já sou de fogo, posso muito pouco com faísca. Quando esvazia
parece que caio num fosso, num poço, num breu. Por favor, me olhe desse jeito
mesmo, de brilho, de besta, igual ao cachorro que queria que eu jogasse carne
pra ele na calçada e comia com afinco a gordura do resto de picanha fria.
A gente podia ser bicho e o resto além da carne podia ser
nada. A gente podia só se comer.
Um comentário:
Gostei muito desse. Muito mesmo.
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