Vá embora, então, do mundo. Da minha vida. Saia do meu ontem e da minha cabeça e do meu jeito de rir. Eu pareço um passado ambulante. Um reflexo de sei lá. Uns cacos colados de cansaço com saliva e azedume.
Trêmula feito xícara em mão de velho, eu sinto ainda suas mãos no meu corpo que nem existia antes.
Preciso sê-lo sem tê-las por mim, em mim, à mim. Preciso ter-me sem contato seu e sem querer te tatuar em mim. Você podia não ser metade. Esconda Mr. Hide de volta no armário e volte mais tarde. Eu faço um chá.
Ainda tem ternura aqui no armário. Ainda tem você no assoalho. Ainda há boca em peito e olhos de ver o que já foi.
Deixa o presente pra lá. Eu não pedi pra saber.