Primeiro trocar as senhas, depois esquecer as datas. A
presença dele me sufocava. Estava no ar da cidade, no cheiro de qualquer pano,
no travesseiro, no muro, no mundo. Pensei em ter esperança, mas não. Quis voltar
a vê-lo, mas não. Preciso tirar as lembranças do alcance, botar numa caixa,
destituir a presença. Preciso parar de trata-lo de você, pois é ainda
autoridade que me fez curvada (cheguei até a pensar em mudar de hábitos). Mas
eu não sou de tanta curvatura, sigo fora da linha, torta, reta, sigo.
A presença dele me sufocava e eu de ansiedade ficava grogue,
pequena, gasta, medrosa, travada. Não. Preciso ser só o que sou: muito.